Enquanto passeamos pela natureza, temos a oportunidade de observar inúmeras maravilhas: botões de flores prestes a se abrir, folhas secas colorindo o chão, uma delicada borboleta visitando uma flor, o canto de pássaros no alto das árvores…
As possibilidades são tão variadas quanto a região, a estação do ano ou o horário do passeio.
Passear, segundo o dicionário, significa:
“Ação de percorrer ou fazer percorrer uma certa extensão de caminho para exercício ou divertimento.”
É uma atividade dinâmica, onde colocamos todos os nossos sentidos em ação. No passeio de natureza, muitas coisas são percebidas ao mesmo tempo, mas sem um aprofundamento. É como um banquete de impressões sensoriais — e a criação de Deus é sempre generosa em sua beleza.
No entanto, para realizar um verdadeiro estudo da natureza, é necessário fazer uma escolha: selecionar um elemento entre tantos que vimos — aquele que mais chamou nossa atenção ou aquele que tivemos mais oportunidade de observar.
Estamos falando aqui de um recorte: uma criatura, um fenômeno ou uma planta que passamos a contemplar de forma mais cuidadosa, com mais dedicação.
Estudo da natureza é a observação intencional e continuada de um elemento natural específico, buscando conhecê-lo em suas características, comportamentos e relações.
🌿 Um exemplo prático
Durante um passeio de verão, observei uma árvore que me chamou a atenção. No meu caderno da natureza, fiz um esboço dela e tomei algumas notas sobre o local, a data e o clima daquele dia. Meses depois, já no inverno, passei novamente pelo mesmo local e percebi que aquela mesma árvore estava florida! Então fiz um novo registro, comparando suas transformações.
Até aqui, embora eu tenha observado e registrado, ainda não realizei um estudo aprofundado. Eu apenas caminhei, notei a árvore, observei e registrei o que vi.
Se eu quisesse de fato estudá-la, o que deveria fazer?
- Primeiramente, tentaria identificá-la: descobrir de que espécie se trata, consultando livros, aplicativos ou especialistas.
- Em seguida, buscaria conhecer suas principais características: como são suas folhas, seu porte, sua casca, seus frutos.
- Depois, poderia compará-la a outras árvores, observando semelhanças e diferenças.
- E, com o tempo, continuaria registrando suas mudanças ao longo das estações.
Dessa forma, um simples passeio se transformaria em uma jornada de aprendizado vivo e verdadeiro.
🍀 Passeios e estudos: como equilibrar?
Uma boa prática é realizar passeios semanais na natureza, permitindo que as crianças (e nós mesmos!) ampliem continuamente o repertório de observações.
Já os estudos da natureza podem ser feitos com uma frequência mensal, sempre respeitando o interesse real despertado em algum passeio.
O passeio nos abre os olhos.
O estudo nos aprofunda a alma.
Que cada caminhada seja uma porta para maravilhosos encontros com a criação de Deus!
Bons estudos e boas descobertas! 🌱